Cinco pessoas foram autuadas nessa terça-feira (25/02) por tráfico de crianças em Costa Rica. O delegado Cleverson Alves dos Santos disse nesta quarta-feira (26/02) que há indÃcios de que uma garota de programa de 29 anos tenha vendido a um casal de Uberaba (MG) a filha recém-nascida (Clique aqui e relembre o caso).
Segundo ele, há dois meses, a polÃcia foi informada de que a suspeita, na época ainda gestante, estava sendo sustentada por um casal e que já havia combinado um valor pela criança.
A mulher passou a ser monitorada e, no sábado (23/02), foi internada em um hospital de Mineiros. Segundo o delegado, a internação foi paga pelo casal, que ficou hospedado em um hotel em frente à unidade de saúde junto com duas mulheres suspeitas de intermediar a negociação.
O parto foi realizado e a garota de programa teve alta na terça-feira (25/02). Ela foi autuada logo depois de passar a recém-nascida para o casal. "Eles [suspeitos] esperavam em frente ao hospital. Pegamos eles com a criança no colo", fala Santos. A ação contou com ajuda da PolÃcia Militar (PM). Segundo o delegado, é comum moradores de Costa Rica buscarem atendimento em Mineiros porque as duas cidades são próximas.
A garota de programa, o casal e as demais suspeitas foram levadas à delegacia de PolÃcia Civil de Costa Rica. Todos foram autuados pelo crime previsto no artigo 238 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa. O bebê está em um abrigo do municÃpio.
De acordo com Santos, o casal afirma que custeou despesas da garota de programa, mas nega ter comprado o bebê. A mulher justificou à polÃcia que tinha intenção de ficar com a criança porque não pode ter filhos. Eles confirmaram que pagaram à mãe do bebe R$ 5 mil para internação, R$ 400 de aluguel e despesas como alimentação e pré-natal.
O delegado explica que a garota de programa é de Rondônia, já morou em outros municÃpios de Mato Grosso do Sul , está há oito meses em Costa Rica e tem três filhos, mas nenhum mora com ela.
Pela recém-nascida ela receberia R$ 10 mil, segundo informações obtidas pela polÃcia. Com o dinheiro, pretendia montar uma casa de prostituição na cidade de Figueirão. O delegado informou que as investigações sobre o caso continuam.
A intenção da polÃcia é descobrir se é usual a negociação de recém-nascidos por parte das duas mulheres suspeitas de intermediar o negócio e se elas fazem parte de uma rede de tráfico de crianças.
Fonte: G1 Mato Grosso do Sul
Adaptações: Rádio Eldorado/Eduardo Candido